Open finance: entenda o que é e seu benefício para as empresas

Por Equipe Edenred Pay
em 20 de junho de 2022
Open finance: entenda o que é e seu benefício para as empresas

O Open Finance é um termo recente no mercado financeiro. Sua tradução livre é sistema financeiro aberto. E essa abertura das relações e transações diz respeito à permissão de acesso ao histórico bancário de consumidores, a partir do consentimento deles.

Esse recurso vem sendo aprimorado pelo Banco Central desde 2021. Ele possibilita que pessoas físicas e jurídicas compartilhem seus históricos financeiros com outros bancos e instituições como fintechs, corretoras de seguros e de investimentos, casas de câmbio, entre outros.

O Open Finance é uma etapa mais aprimorada do Open Banking, que já estava em funcionamento no Brasil. O objetivo é garantir a otimização de processos financeiros para beneficiar todos os segmentos de empresas. O modelo oferece uma melhor gestão financeira do seu negócio, assim como mais segurança e rapidez no processamento de dados de clientes.

Essa eficiência também estimula a competitividade no mercado, gerando valor às instituições que procuram oferecer os melhores produtos e serviços. O objetivo desse artigo é trazer o conceito de open finance, como ele funciona e os benefícios que ele oferece para as empresas. 

Boa leitura!

O que é open finance?

O sistema Open Finance permite o compartilhamento de dados entre instituições bancárias, com objetivo de escolher propostas de serviços personalizadas ou mais atrativas.

Por ele, você pode pegar os seus dados de uma instituição financeira ou bancária (um histórico financeiro, por exemplo) e compartilhar com outra empresa para comprovar informações para a nova instituição. Os produtos no Open Finance incluem investimentos, câmbio e seguros. O consumidor é quem detém o direito ao acesso de dados e informações que as instituições buscam. 

Empresas que atuam no mercado financeiro estão aptas a usar o sistema Open Finance: corretoras de investimentos, seguradoras, cooperativas de crédito, casas de análise, casas de câmbio, fundos de previdência privada, serviços de pagamentos, aplicativos de gestão financeira, entre outras, e todas são supervisionadas e fiscalizadas pelo Banco Central.

Este órgão regulador definiu regras específicas e atos normativos, que dizem respeito ao compartilhamento de dados, autorização de uso de dados pessoais, autenticação, confirmação, etapas que garantam a segurança e proteção das informações pessoais dos consumidores. 

A integração de sistemas financeiros entre instituições diferentes precisa cumprir o direito à privacidade e outras regras que estão estabelecidas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Open finance e open banking: quais as diferenças entre os serviços?

O serviço de Open Banking passou a funcionar no mercado financeiro brasileiro em fevereiro de 2021 e trata da abertura do sistema bancário para que dados possam ser compartilhados entre bancos e fintechs. 

A implementação do Open Banking atravessou algumas fases. O início foi a permissão do compartilhamento de dados entre instituições por meio de produtos, canais de atendimento, taxas, horário de funcionamento. Depois, houve o compartilhamento de dados de clientes, com a validação e consentimento dos mesmos, entre instituições participantes.

Na terceira fase, houve a adesão do compartilhamento de serviços de iniciação de transações de pagamento e encaminhamento de propostas de operação de crédito. E, por último, ampliou-se os tipos de dados compartilhados para mais informações, como operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência privada e contas-salário.

É aqui que começa a fase chamada Open Finance. E outras empresas e aplicativos poderão oferecer serviços e ter acesso aos dados compartilhados pelos próprios consumidores. 

Como o open finance funciona?

Se você é um cliente de banco e quer, por exemplo, realizar a cotação de preços de financiamento imobiliário de um outro banco do qual você não tem vínculo, você pode oferecer seus dados financeiros bancários para a instituição que oferece o financiamento.

O banco do qual você é cliente pede autenticação dos dados e confirmação da sua transação. Com a confirmação do cliente, de forma comprovada, o banco envia diretamente seu histórico financeiro para a empresa que você pediu a cotação de preços. 

A empresa pode avaliar seu histórico, a partir das informações que recebeu do banco, e encaminhar uma proposta de cotação. Antes, todo esse procedimento era bem mais burocrático e fechado.

Os consumidores podem compartilhar dados cadastrais (nome, CPF, RG), transações da conta (saldo, limite, extrato), transações do cartão de crédito (fatura, limite), dados de operações financeiras (empréstimos, juros).

Neste ano de 2022, o Banco Central vem abrindo etapas graduais de compartilhamento de dados e que, atualmente, contemplam: seguros, previdência complementar aberta e capitalização, serviços de credenciamento em arranjos de pagamento, operações de câmbio, contas de depósito a prazo e outros produtos com natureza de investimento. Sempre obedecendo o regimento da Instrução Normativa n° 205.

Neste circuito de transações financeiras digitais, as instituições participantes do Open Finance precisam ter atualizado seus processos de certificação funcional das APIs dos produtos financeiros que serão compartilhados, garantindo a qualidade e a segurança do compartilhamento de dados.

04 benefícios do open finance para as empresas

  • Competitividade:

Com a possibilidade de escolha do consumidor em qual proposta mais vantajosa escolher para adquirir um serviço, os bancos, corretoras e empresas de crédito vão oferecer taxas e condições mais atrativas. 

A competitividade gera aperfeiçoamento dos serviços e melhorias. O Open Finance atende sobretudo a pessoas jurídicas em menos burocracias. Ela facilita, por exemplo, que o empresário receba os pagamentos dos clientes, pague os funcionários e ofereça benefícios importantes para o crescimento do negócio, como acesso a linhas de crédito, maquininha de cartão, cartão de débito/crédito empresarial, geração de boletos entre outros.

  • Melhoria da gestão financeira

Isso porque as informações poderão ser centralizadas de forma automatizada, o que contribui com a produtividade da gestão, sem a necessidade de etapas diferentes de solicitação de dados. Todos os arquivos, a partir do consentimento do consumidor, ficam disponíveis para as empresas avaliarem, sendo permitida a consulta de saldos, extratos, transferências, pagamentos, linhas de crédito, a vida financeira completa de um cliente com o histórico associado a uma instituição financeira.

  • Segurança

Todos os procedimentos passam por sistemas de certificação e de cibersegurança. Tanto as empresas quanto os consumidores estão respaldados em procedimentos de compartilhamento de dados institucionalizados e fiscalizados pelo Banco Central.

O Open Finance também oferece mais agilidade na validação das informações, o que torna o atendimento mais prático e ágil. 

  • Acesso a mais recursos 

Ofertas de crédito com taxas mais otimizadas são condições que os bancos e instituições financeiras poderão ter mais garantia de oferecer ao propor análises bem fundamentadas em dados disponibilizados online.

O compartilhamento dos dados históricos com outras instituições facilitará uma análise de risco e obter uma proposta da instituição da sua preferência, mesmo sem relacionamento anterior, e assim é possível investir em melhorias para o negócio sem se preocupar em perder uma oportunidade melhor.

Conclusão

Vimos aqui que os modelos de gestão financeira estão mudando e evoluindo para novos recursos, acompanhando o avanço também da tecnologia e do ecossistema digital.

O exemplo mais recente de modernização é o uso do Pix, que, de acordo com o Banco Central, já é usado por mais de 6 milhões de empresas. 

O Open Finance é resultado do aprimoramento de serviços que o Banco Central vem regulamentando no Brasil, como mais uma forma de inovação. E ele vem sendo implementado de forma gradual, com avaliação de riscos e efetivação de benefícios.

A inovação garante melhoria na experiência do usuário, mais facilidade e competitividade entre as empresas, melhoria da otimização de processos internos, compra e venda, transparência aos serviços e uma concorrência mais democrática no mercado, com a inclusão de bancos, fintechs, seguradoras, plataformas de investimentos, aplicativos de conta digital.

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